O Cactus começou como um exercicio de estilo, onde a Citroen procurou mostrar que era possível construir um carro dispensando os adornos que só encareciam a produção de um carro. O protótipo foi tão bem aceite, que a Citroen decidiu produzi-lo, no entanto fez alguma concessões.
Numa altura em que toda a gente se queixa que os carros são todos iguais, o Cactus ousa ser diferente e essa é a maior fatia das criticas. O Golf há mais de uma década que é essencialmente o mesmo carro. Mas temos que criticar um aspecto, o Cactus deveria ter sido lançado antes da nova geração do C4 Picasso, o design frontal perdeu algum impacto, pois o C4 Picasso possui a mesma linguagem.
E sendo um Citroen, o C4 não está isento de criticas, mas a Citroen é assim, faz parte da mística Citroen. o tecto panorâmico não tem, como noutras criações, uma tela retráctil para tapar os raios, apesar de ser o tecto panorâmico mais eficiente do mercado em termos de absorção do calor. Mas vidro é vidro, no quentes dias de verão, o calor sente-se e bem, no interior. Outra são os vidros traseiros abertos em compasso. O design traseiro banal e o banco que não dá para repartir (algo que vai ser repensado em 2015).
Portanto, no geral, o design convence-nos. No interior, a qualidade dos materiais desilude um pouco, mas não fica atrás do conhecido no Renault Captur. Por falar do interior, segue a tendência minimalista, temos o volante e um ecrã multifunções e pouco mais. Os assentos frontais simulam um banco corrido, o porta-luvas abre por cima, visto o airbag estar no tejadilho. O que nos espanta é a sensação de espaço, apesar de utilizar a plataforma do C3 é mais espaçoso que o C4 e mais barato que este. Apesar do C4 ser mais bem construído e com mais materiais. Mas o C4 não faz jus ao nome Citroen, porque é apenas mais um hatch, o Cactus é um Citroen, como dita a tradição.
Não podemos deixar de mencionar os airbump, ou “barras de chocolate”, que na pratica servem para poupar a chapa dos inevitáveis pequenos toques do estacionamento e contribuem em muito para o ar “diferente” do Cactus.
As motorizações são apenas duas, o 1.2 de 82 cv e o 1.6 hdi 92 cv. A estes ainda se junta o novo 1.6 Hdi de 100 cv no final do ano.
Uma palavra para a caixa robotizada, esta versão tem uma caixa que primeiro e estranha e depois vai aprendendo, mas ainda anda longe da perfeição.
Para finalizar estamos perante um produto Citroen dos bons velhos tempos, com todas as coisas boas e menos boas que isso implica.
Mais: design, ideias
Menos: Materiais menos nobres
Desde 16500 euros (versão gasolina), 22000€ (versão ensaiada)
Motor |
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Combustível | Gasóleo |
Localização | Dianteiro |
Orientação | Transversal |
Disposição | Linha |
Nº Cilindros | 4 |
Cilindrada | 1560 |
Distribuição | Árvore de cames à cabeça |
Nº Válvulas por cilindro | 2 |
Potência máxima (cv) | 92 |
Regime potência máxima (rpm) | 4000 |
Binário máximo (nm) | 230 |
Regime binário máximo (rpm) | 1750 |
Transmissão |
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Tração | Dianteira |
Tipo de caixa | Automática |
Número de velocidades | A6 |
Travões |
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Dianteiros | Discos ventilados |
Traseiros | Tambor |
Direção |
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Tipo | Pinhão e cremalheira |
Voltas do volante | 3.02 |
Diâmetro de viragem entre passeios (m) | 10,90 |